domingo, 26 de março de 2017

Aonde eu Deixei de Ser Feliz ?

Um pequeno momento de reflexão na madrugada sobre a minha vida me remeteu à uma pergunta que entrou na minha cabeça de tal forma que não consigo mais tirar  :
Aonde eu deixei de ser feliz ?
 Era tudo tão colorido, tão feliz, esperar comebacks com uns amigos de um grupo no Whatsapp - em especial uma cearense - éramos SONEs, Kamilia - eu, o único -  Babys, ELFs... o fandom que fosse, mas éramos felizes e, do nada, eu fui sumindo, sumindo, sumindo e minha ausência sendo notada e era isso que eu queria, chamar a atenção e até que consegui, porém, não soube aproveitar e deixei amizades por ali, pessoas que chamava de sócio, de irmão BESTiny, de parça, a minha dupla de irmãs favorita, meu gay favorito e até uma baiana que  já cogitei estar apaixonado... joguei tudo pro ralo.
 Eu sempre escutei meu rock mas eu sabia que do outro lado do planeta eu tinha um chamado , algo que sempre andou ao meu lado camuflado de animes e se converteu em música, não do Japão, mas sim, da Coréia do Sul, por mais triste que eu estivesse aquelas musicas que eu não sabia nem um pingo do que se tratavam - até ver a tradução - me colocavam pra cima, me faziam dançar só pela batida, só pela emoção de poder aprender uma nova coreografia como há tempos não fazia - menção honrosa ao NSYNC - , era um mundo diferente, no qual eu me encaixava perfeitamente mesmo com comentários e olhares tortos me condenando como se eu fosse demente, mas eu não me importava com essa gente porque eu tinha a minha turma, a minha "gente", de todos os estados, sotaques e idades diferentes, uma diversidade que me encantava, conheci o Brasil sem sair de casa, mas como num piscar de olhos puxados tudo isso foi pro ralo.
 Então eu me fechei, e esse meu enclausuramento me fez mal, muito mal... a chave virou para o stress do trabalho e sem ter válvulas de escape desenvolvi doenças, passei à tomar remédios cujos quais eu nem sabia da existência e agora, ao passar de um ciclo de quase 12 meses eu não consigo sequer ensaiar uma resposta quando me vem na mente aquela bendita pergunta : Aonde eu deixei de ser feliz ? . Aonde eu deixei de viver ? Em que momento a minha felicidade se tornou aflição ?... eu já não consigo responder uma pergunta e agora já me veio mais duas e cada vez fica pior raciocinar porque já não tenho mais forças pra pensar, somente lamentar porque tudo o que eu construí e destruí não vai dar mais pra recuperar, e assim a minha vida, por fim, que está indo lentamente pro ralo e eu deixando escoar.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Error 404 Not Found

Acredito piamente que esteja fazendo algo errado, passei anos tentando acertar e procurando os culpados mas acho que só eu que fiz as burradas tentando ser o certo, procurando amor no lugar errado, no estado errado, na idade errada... um perfeito retardado.
 E como se não fosse o bastante eu ainda insisti nessa história de ter alguém à todo custo, todo errado, ao avesso, inconstante, doente e inútil eu tentei como quem parte para o tudo ou nada sem nenhum recurso e ao final desse curso eu realizei que não tem saída desse mundo confuso, só me enrolo mais e mais nesse efeito parafuso.
 Eu tenho sonhos, eu tenho um bom coração, eu tenho tudo que toda garota de bem quer - sem me achar porque eu também tenho meus defeitos - e talvez esse seja o maior erro que cometi na vida : ser tudo que uma garota quer, pautar minha vida em ser alguém totalmente sentimental num século que isso é totalmente anormal ... tão anormal que muito menos eu consegui me encaixar nesse mundo.. parece até que eu não sou daqui, dessa época e tal .. isso me leva à pensar em outros pontos que chegam até questionamentos sobre a minha existência, mas, uma vez que eu existo, pra alguma coisa aqui eu devo servir, só não deve ser pra amar, porque sobre isso eu não sei lidar.
  Sou um erro, um erro ambulante, uma falha, um furacão, uma inconstante que não se limita e procura alguém pra ser completo à cada instante e meus dias sempre terminam da mesma forma : sentado numa cadeira branca olhando pra tela do computador e escrevendo sobre o como isso é sufocante.
 Talvez algum dia alguém venha e me conserte, me ajeite, me assopre, me sacuda e me faça sentir importante ... enquanto isso eu espero a vida passar, esperarei por ela  à cada instante.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Flashpoint

 Quase um ano atrás eu comecei uma viagem, abrindo uma fenda do tempo direto para um tempo que eu jamais imaginei viver, mudei minhas filosofias e o modo de ver o mundo, era tudo sujo, tudo impuro e isso ficou imputado e engessado na minha mente de uma forma tão brutal - diria até cruel - que até de amigos eu me desfiz - ou se desfizeram de mim - . Eu mudei de emprego, mudei hábitos alimentares, meu corpo mudou... tudo mudou e eu permaneci aqui até semanas atrás, até abrir meus olhos e perceber que estava num caminho sem volta pra enlouquecer, pirar, bitolar e o que mais tiver no dicionário que explique o sentido de lunático.
 Numa manhã dessas eu acordei com mil pensamentos sobre os rumos da minha vida e, por mais que isso possa parecer blasfêmia, eu vi que nada estava tão legal assim, nada foi da forma que eu imaginei e eu realmente me vi dentro de um Flashpoint, eu sempre me vi como um Barry Allen da vida, mas, dessa vez era um sentimento muito forte, era uma sensação bem real estar preso numa ficção do que seria uma vida perfeita sendo que não existe essa perfeição, existia - e ainda existe - a vida antiga que eu havia largado de mão e, por viés dessa vida nova que não me ofereceu o que eu queria eu decidi voltar aos velhos costumes, às velhas músicas, à velha forma de olhar o mundo na tentativa suicida de me curar, de me libertar pelas minhas próprias mãos.
 Não vou dizer clichês do tipo  "as coisas mudaram da noite pro dia" ou "agora está tudo perfeito" porque como eu disse no parágrafo anterior não existe essa perfeição e eu ainda tenho que conviver com as mazelas e consequências que essa vida atemporal à qual eu fiquei preso deixaram em mim, mas eu procuro ignorar e seguir em frente da forma que der, até aonde puder e com quem ainda estiver do meu lado me ajudando nessa dura missão de voltar à ser pelo menos 80% do que eu era antes me deixar levar por sensações e sentimentos que mentiram ao me prometer trazer paz.


quinta-feira, 16 de março de 2017

Cometa de Pégaso

Depois de anos eu voltei à sentar nessa cadeira branca e escrever, melhor dizendo, dissertar sobre a minha vida amorosa, atualizar o status dela pra quem não me conhece e falar sobre um novo amor, uma nova garota, dizendo o que eu sinto e desejando que aconteça o que eu quero, pois seria uma história muito linda de se contar e eu espero - como eu já venho sentindo e ela parece aceitar - se concretizar.
  Sim, dessa vez eu me encontro exposto, sem armaduras, dei todos os meus golpes e meteoros possíveis e acho que consegui atingir os sentimentos dela, eu acho que depois de tantos discursos motivacionais e intencionais a minha mensagem conseguiu ser entregue corretamente, e não poderia ser diferente uma vez que eu estou dando tudo de mim como se fosse a última chance do amor acontecer, não só pra mim, mas, pra gente.
  De tanto conversar e pedir conselhos pra quem torce pela gente e pra quem somente acompanha, mas também espera que o final não seja diferente do que eu penso eu acabei por pensar que realmente pode acontecer algo entre a gente, eu só sigo a call, o instinto, prevejo o futuro sem esquecer de viver e valorizar o presente, e que lindo presente seria se depois de tantos anos regando essa semente, ela brotar uma árvore de amor no coração dessa guria inocente.
  Se, ainda assim, depois de tanto me mostrar não for o suficiente eu ainda tenho um último recurso, um último texto que desperte ela desse coma depressivo causado por um outro ser vivente e pegue na minha mão, mesmo de forma simbólica e perceba que eu também estou doente, que ela pode ser a minha cura depois de tantos ferimentos causados por outras histórias que, entre nós, não foram tão diferentes.
Nós podemos escrever um novo parágrafo  com nossas mãos entrelaçadas na mesma caneta, no mesmo papel de um novo caderno cheio de linhas para serem preenchidas com histórias sobre a gente, por ela eu chamaria esse recurso pra fora e mostraria em forma de magia como Li Shaoram e Sakura quando, numa ficção da ficção, capturam juntos a carta clow do amor, mas, por hora sou apenas eu por ela esperando que ela seja pra mim, por hora eu chamarei esse texto de Cometa de Pégaso e lanço minha mão com a caneta esperando que ela pegue e a magia de Sakura aconteça.

Won't you Save Me ?

O que fazer quando cansamos da vida mas não queremos morrer ?
 Uma pergunta bem forte de se fazer mas é realmente o que eu venho sentindo ultimamente, eu vejo uma vida que eu quero tanto viver, eu quero tanto que dê certo, tá me dando vontade de viver mas ao mesmo tempo a gente sabe que nada vai ser como queremos porque o que nos resta é apenas perecer e apodrecer até morrer… não tem mais o que fazer, apostamos todas as nossas fichas no jogo da vida e não conseguimos achar o amor das nossas vidas, o emprego dos sonhos, fazer aquela viagem … ou pior que isso , ver que tudo isso está bem diante dos nossos olhos mas não tem como realizar ou fazer porque … porque não dá, circunstâncias não permitem, a vergonha, a dor e o pesar que no fazem culpar o passado por chegarmos nesse ponto de repetir nas nossas mentes ” nao vai dar ” e assim deixar a vida escorrer pelos nossas mãos, escapar pelos nossos dedos e não fazer nenhum esforço pra pegar.
 A gente não vive mais, a gente existe e finge que não está sentindo que nossas forças estão se esvaindo, por momentos até fazemos aquela última força pra sorrir, pra provar pra outro alguém que ainda estamos bem, mas, por dentro não está.. não como deveria estar mas a gente se acomoda do jeito que dá e tudo bem, porque afinal de contas não tem como piorar.
 A nossa única missão na Terra é fazer com que outras pessoas não mordam a mesma isca que nos fora jogadas nesse mar negro e que fomos fisgados sem perceber, é só por isso que ainda estou à viver e isso deve responder a pergunta que me motivou à escrever : fazer outras pessoas felizes já que não existe ninguém mais que possa/queira nos fazer.
Won’t you save me?
Saving is what I need
I just wanna be by your side
Won’t you save me?
I don’t wanna to be
Just drifting through the sea of life